domingo, 2 de junho de 2013

Introdução

      Quanto mais se sabe sobre a memória, melhor se compreende como melhorá-la. É ela que nos faz sentir confortáveis com pessoas e lugares familiares, conectam nosso passado com o presente e oferecem uma estrutura para o futuro. De certa maneira, é nosso conjunto de memórias coletivas, nossa "memória" como um todo, que nos torna quem somos. Neste blog, vamos conferir um pouco de diversas experiências de memórias cotidianas que tiveram grande influência no nosso presente e quem sabe no nosso futuro!

Resultado de pesquisa - Adriane

          De alguma forma o resultado dessa pesquisa veio a contribuir para a nossa formação, de modo que veio a nos ensinar o valor da memória para nossa vida social e até mesmo para a educação. Não é difícil se dar conta que o trabalho que tivemos ao realizar a entrevista tornou com toda certeza o 1º semestre, o ínicio de uma nova jornada como lembrança importante que tudo que iremos viver e aprender será eternizado em nossas memórias. Segue a diante a entrevista feita com uma professora formada em pedagogia no ISERJ.  
           Lilian começou a sua formação como bolsista do jardim a oitava série em uma escola particular no bairro aonde morava que hoje virou fábrica da “Tinturas Márcia”. A minha formação foi um pouco diferente, estudei em escola particular até a 8º ano e em duas escolas diferentes, inclusive em um das séries do primeiro segmento do fundamental, Lilian foi minha professora. Logo após, passei da rede privada para a pública municipal aonde cursei apenas o 9º ano.

                                Lilian ainda criança, cursando o 1º segmento do ensino fundamental.

          Na hora de escolher o que fazer depois do 1º grau, como se chamava, não se passou pela cabeça seguir a profissão de professora. Seu pai não queria que ela fosse normalista, mas como sonho da mãe, Lilian seguiu a sugestão de fazer prova para o Colégio Estadual Heitor Lira, que era formação de professor e passou. Lilian lembra que quando passou para o normal e se formou seu pai já tinha falecido por estar na fase terminal do câncer, mas diz convicta de que seu pai teria orgulho, mesmo não sendo da vontade dele. No meu caso, sempre foi uma vontade ser professora. Meus pais não me influenciaram, talvez um pouco de conselho da minha mãe. E encontro algo em comum, depois de muitos anos também me formei cursando normal no Colégio Estadual Heitor Lira.

                                      Meu ultimo ano de curso normal, ano da formatura - 2013


         Lilian relembra o momento em que começou a lecionar. Ainda tinha 18 anos e acha graça ao contar que foi só aí que percebeu que tinha nascido pra isso. Exerceu a profissão durante 18 anos em escola particular, aonde parou para se dedicar a faculdade de pedagogia no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro.


          Antes de cursar a faculdade, em uma das escolas que deu aula durante 18 anos. Obs: Aonde foi minha professora (foto acima).


         Logo após se formar, passou para um concurso público onde deu aulas, e hoje depois de 11 anos é Diretora Adjunta. Me impressionando com a sua trajetória, até porque eu depois de formada ainda aos 17 anos, não exerço a profissão. Lilian ainda ressalta que tem muito orgulho de sua trajetória escolar e profissional, e quando lhe pergunto porque motivo continuou a fazer o curso normal mesmo não sendo sua vontade, ela responde : - Sinceramente não sei, mas com certeza tem as mãos de Deus.


                                                    Lilian com os amigos da faculdade.

Meu ingresso na faculdade UERJ/FEBF - Trote 2013


Lilian como diretora adjunta da Escola Municipal Alfredo Valadão em Vigário Geral.

        É possível notar muitas semelhanças entre a minha trajetória e a da professora Lilian, e a principal é que sabemos que a pedagogia e a educação é o nosso caminho certo. Lilian está realizada com a profissão e tem orgulho da escolha que fez, assim como eu que estou orgulhosa por dar continuidade ao curso normal na UERJ-FEBF por saber que essa é a minha vocação. Ao final dessa relembrada de memórias, é maravilhoso ver o quanto é gratificante olhar pra trás.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Resultado de pesquisa - Isabelle

      Foi muito gratificante realizar este trabalho e relembrar momentos importantes da minha vida e de meu entrevistado. Segue o resultado da entrevista realizada com um professor formado em Administração pela UFRRJ, onde estão revelados momentos importantes de sua trajetória escolar.
      Davidson Araújo de Oliveira iniciou sua trajetória escolar no ano de 1991, aos 4 anos de idade, em uma pequena escola perto de sua casa. Segundo sua mãe, começou a ler e escrever aos 6 anos de idade e nessa época estudava no Colégio C.A.C, uma instituição mantida por holandeses na cidade de São João de Meriti, onde também estudei entre os anos de 1999 e 2001 e aprendi a ler e escrever entre 5 e 6 anos de idade.
Eu no pátio do Colégio CAC - Jardim II - 2000

      Em 1995, iniciou o primário, cursou o 2° ano no Colégio C.A.C e logo depois foi transferido para um colégio particular chamado Euclides da Cunha, visto que tinha cursado a primeira série após dois anos no C.A, diferente de mim que no ano de 2002, iniciei o primário na instituição de ensino Centro Educacional Vitória, onde permaneci até o fim do 2° ano e logo após, mudei para um colégio público, CIEP 029 - Josué de Castro, onde fui transferida diretamente para o 4° ano, após ter feito algumas provas e ter sido apta. Cursei até o 5° ano neste mesmo colégio. Quanto ao ambiente do colégio Euclides da Cunha, onde permaneceu durante todo o período primário, o entrevistado considera bom.
      Iniciou o ginásio aos 11 anos, no Colégio Guararapes, onde permaneceu até o fim dessa fase escolar, o que torna sua trajetória ginasial diferente da minha, pois iniciei aos 10 anos em um colégio público chamado Casimiro Meireles onde permaneci até o 6° ano, sendo transferida logo em seguida para um particular chamado CEVIT, onde cursei o 8° e 9° anos e de onde guardo ótimas lembranças, principalmente da época de realização de um período de jogos entre grupos, incluindo todos as turmas, conhecido como CEVIT Games.
      Segundo o entrevistado, a escola na qual cursou o período ginasial, tinha um clima diferente das demais e os alunos tinham um nível maior de interação devido aos projetos de handebol, futsal, etc. Seus professores reclamavam por conversar demais com os colegas, mas sempre procurou ter um bom relacionamento com eles. Terminou essa fase aos 14 anos.
      No início do Ensino Médio (antes conhecido como 2° grau), mudou do Colégio Guararapes para o CEVIT, onde cursei o 8° e 9° anos, como já relatei anteriormente. Na época o diferencial desta instituição era o laboratório de informática e as salas climatizadas, segundo o comercial que era feito. Ainda no CEVIT, iniciou o curso de publicidade, e a turma a qual pertencia foi ganhadora de um evento que era realizado anualmente, a feira de ciências, mais conhecida como Expo CEVIT. Seu terceiro ano foi cursado no Colégio Fluminense, um colégio particular que possuía uma estrutura um pouco melhor do que a do anterior, se não igual. Hoje em dia, Davidson ainda tem contato com alguns amigos da época e considera dois professores, Virna (Educação Física) e Edilvo (Biologia), como exemplos de bom humor e empenho no trabalho, além de um relacionamento ético com os alunos.

   Foto de Davidson com amigos no Colégio CEVIT - Ensino Médio
                                       


      Nesta fase, é possível perceber algumas semelhanças com a minha trajetória, pois cursei todo o meu Ensino Médio no Colégio Fluminense, entre os anos de 2010 e 2012, onde me preparei para o vestibular e fiz muitas amizades. Cito como exemplos de amor e empenho total a profissão, as professoras Amanda (Biologia) e Sheyla (Inglês).

Eu na formatura do Ensino Médio - 2012

Meu documento de comprovação de término do Ensino Médio


      Em 2005, Davidson ingressou na faculdade. Primeiro, cursou um semestre de Engenharia Elétrica, pois tinha ganhado bolsa através do vestibular. Não tinha uma carreira em mente e os testes de aptidão emitiam resultados difusos. Seus pais não o incentivaram a tentativa de um vestibular para uma universidade pública, pois naquela época era bem difícil pleitear uma vaga. Já eu, tive total apoio e ajuda de meus pais para tentar e no ano de término do Ensino Médio, 2012,  prestei o vestibular para UERJ/FEBF e consegui uma vaga para o curso de  Pedagogia, onde atualmente estou cursando o 1° período.
      Cursando engenharia, viu que não se sentia confortável e decidiu sair do curso. Ao mesmo tempo, prestou vestibular para a UFRRJ. Foi aprovado para o curso de Administração e se formou no ano de 2010.

Na turma da faculdade  - UFRRJ

      Iniciou seu primeiro estágio já no primeiro período da faculdade, aprendendo pouca coisa em um órgão do governo. No mês seguinte, entrou em um outro estágio e permaneceu nos dois (AGU e INSS). Um ano depois, iniciou um estágio na Fundação Getúlio Vargas, onde começou a gostar do ramo acadêmico. Ao mesmo tempo, foi aprovado em um concurso para ser monitor da disciplina Contabilidade Gerencial, e pode se dizer que a partir daí começou a dar seus primeiros passos para a docência. Um ano depois estagiou na empresa COCA-COLA durante um ano.
      Em 2009, começou a trabalhar no Banco Guanabara como auxiliar administrativo e em 2011 iniciou a carreira docente. Neste mesmo ano, foi aprovado em um concurso na UFRRJ, professor do curso de Administração.  

Foto apresentando pesquisa na PUC - SP

      Atualmente, muito feliz com sua profissão, trabalha em 5 lugares (UFRRJ, UEZO, UNIGRANRIO, CEDERJ, SENAC) e tenta separar pelo menos um dia semanalmente para dar atenção a família.

Resultado de pesquisa - Clara

             Segue a entrevista realizada com uma professora do município de São João de Meriti sobre sua história escolar, formação e experiência profissional e o estabelecimento de parâmetros entre esta e minha própria formação.
            Sandra e Silva Campos foi semi alfabetizada por pessoas da própria família, ao ingressar na escola 1ª série (antigo ensino primário) já sabia ler e escrever, a mesma cursou o primário e o ginásio (atual ensino fundamental) em uma só escola (Organização Cultural Monteiro Lobato – ensino particular), que foi fechado por motivos os quais a entrevistada não soube informar, ela considera que o fato de ter estudado durante este período em uma mesma instituição foi benéfico para a própria educação/formação, pois pode conviver durante todo o período escolar com quase todos os mesmos colegas, estabelecendo uma relação duradoura de amizade. Uma das diferenças das quais posso citar é que entrei na escola (Jardim Sementinha do Saber/Centro Educacional Nossa Senhora de Fátima) com 3 anos e assim como a entrevistada, sendo ela minha mãe, fui ensinada em casa durante um período, mesmo estando na escola, desenvolvi rápido, fiz uma prova e fui apta a ir para a turma de alfabetização com 5 anos e nesta mesma escola fiz até o 5º ano e digo que após mudar de escola não houve tanta mudança pois eu e mais 4 amigos bem próximos ao concluir-mos esta etapa, transferimo-nos para a mesma instituição de ensino (Escola Venâncio Pereira Velloso), escola na qual seguimos juntos até a formação no ensino médio.

Minha formatura - C.A./Turma de alfabetização


             Seguindo assim a entrevista, passo ao ensino médio (antigo 2º grau) onde afirmo que a entrevistada e eu passamos por processos diferentes.
            O ensino médio de Sandra foi feito em modalidade profissionalizante, curso de formação de professores (curso normal) no Colégio Duque de Caxias no ano de 1987 à 1989. O desejo de cursar tal curso surgiu segundo a própria entrevistada desde a infância e se prolongou até a adolescência quando ingressou no ensino médio, portanto ela afirma que o curso foi prazeroso para a mesma. Durante tal período ocupou-se em dar aulas particulares em casa, uma experiência que afirma contribuir muito para sua formação.

Formatura da entrevistada - Curso Normal
Diploma 


            Logo após a formatura, começou a trabalhar formalmente dando aula ao Jardim de Infância no colégio Coelhinho Sabido, porém este período só durou 4 anos, pois casou-se e engravidou, porém ainda assim continuou a dar aulas informalmente em casa. 7 anos depois voltou a dar aulas em uma escola particular, escola na qual eu, sua filha, estudava desde o jardim de infância. Trabalhou nessa escola durante 9 anos seguidos em séries variadas e a 2 anos fez um concurso público e atualmente é uma professora concursada do município de São João de Meriti e afirma depois que sua filha se tornou independente, correu atrás de seu sonho e hoje está no 3º período do curso de pedagogia na CEDERJ/UERJ.


Primeiro trabalho da entrevistada após a conclusão do ensino médio

Professora concursada do Município de São João de Meriti 


            Comparando meu ensino médio com o da entrevistada, afirmo não ter feito curso profissionalizante algum, conclui meu ensino médio na mesma instituição que o fundamental, sempre possui um enorme carinho com todos os funcionários, a escola sempre foi um ambiente o qual sempre gostei de frequentar.

Minha formatura - Conclusão do ensino médio 


            Após a conclusão desta etapa, no ano seguinte fiz um curso pré-vestibular (Colégio Curso Miguel Couto, atual Genius em Duque de Caxias) novamente, pois em 2011, junto com o 3º ano do ensino médio também fiz (Curso Progressão). Em 2012 conheci pessoas maravilhosas, uma delas estudando na UERJ/FEBF cursando matemática, digo e afirmo que foram muito bons todos esses anos.
            Hoje me encontro na UERJ/FEBF, cursando pedagogia e trabalhando na mesma escola onde a entrevistada trabalhou por 9 anos e afirmo que sinto me influenciada nessas escolhas por toda uma história que vivi esses anos observando minha mãe (a entrevistada), sempre estive nesse ambiente e encontro me aqui seguindo os passos da mesma. 

Alunos da escola a qual trabalho atualmente e qual a entrevistada trabalhou 
durante 9 anos




Resultado de pesquisa - Viviane

O resultado desta pesquisa foi extremamente prazeroso de ser relembrado, coisas que nos fizeram muito felizes no passado e que teve uma contribuição fundamental para este nosso presente.
Eu, Viviane Lais Resende Stoffel, fiz a entrevista com a minha irmã mais velha, Liana Renata Resende Stoffel. Hoje formada em Licenciatura plena em Geografia pela UERJ/FEBF e professora do Ensino Fundamental I na Prefeitura do Rio de Janeiro.
Comparando a minha trajetória escolar com a dela, o curioso é que desde criança, do antigo C.A (agora 1° ano do Ensino Fundamental I) até a UERJ/FEBF nós estudamos na mesma Unidade de Ensino.
Iniciando este processo de memorização, começamos pelo Pré- Escolar ou Jardim de Infância. Ela estudando em escola particular e eu na pública.
Ingressando no Ensino Fundamental I, na classe de alfabetização, concluímos na mesma Unidade de Ensino Pública Escola Municipal J. Carlos, localizada em Vista Alegre- Rio de Janeiro. 
Chegando no Ensino Fundamental II, na antiga 5ª série à 8ª série (hoje 6ºano à 9º ano), novamente nos formamos na mesma escola, mas é claro ela alguns anos antes de eu ingressar  na respectiva série. Escola Municipal Mário Paulo de Brito, localizada em Irajá- Rio de Janeiro.
Todas estas escolas citadas são bem próximas da minha casa.
Chegando no Ensino Médio, ela em 1998 ingressou na Escola Normal Carmela Dutra, localizada em Madureira- Rio de Janeiro. Em 2007, fui aprovada para o Ensino Médio Técnico em Patologia Clínica na FAETEC/ETE Juscelino Kubitschek, localizada em Jardim América- Rio de Janeiro. No ano de 2008 quando iniciou o ano letivo eu desisti de estudar nesta FAETEC e indo para o atual Instituto de Educação Carmela Dutra.
Em 2000, minha irmã se formou no Ensino Médio Modalidade Normal e no mesmo ano sendo aprovada para Professora de Ensino Fundamental I na Prefeitura do Rio de Janeiro. Em 2002 ela deu início a graduação em Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/ UNIRIO, localizada na Urca- Rio de Janeiro.
Concluiu seu curso, e em 2008 no mesmo ano que ingressei no Ensino Médio Modalidade Normal, ela foi aprovada em Geografia para a UERJ/FEBF e dando assim, início a mais uma graduação.
Em 2011, me formei, tornando-me professora e em 2012 ela concluiu sua graduação aqui na FEBF.
Novamente, cá estou estudando na mesma Unidade de Ensino que minha irmã, porém graduações diferentes. 2013.1 ingresso na minha primeira graduação em Pedagogia pela UERJ/FEBF, localizada em Duque de Caxias- Rio de Janeiro.
Assim, foi a nossa trajetória escolar sempre com ótimas recordações e também coisas que no momento não foram tão boas, mas hoje em dia nos tiram boas risadas.


Fotos e memórias da pessoa entrevistada, minha irmã Liana Stoffel:


1989 - Formatura do Pré-Escolar, partindo para o antigo C.A (1° ano do Ciclo).



2000 - Escola Normal Carmela Dutra, componente do Pelotão da Bandeira.


2011 - Turma de 2° ano Escola Municipal Adelmar Tavares.


2008 - Ingresso na UERJ/FEBF 2008.1 Geografia.


2012 - Formatura em Licenciatura Plena em Geografia pela UERJ/FEBF. 


Fotos e memórias minhas, Viviane Stoffel:


1996 - Meu primeiro ano na Escola de Educação Infantil- Jardim I Luxemburgo.


2011 - Último ano no Instituto de Educação Carmela Dutra. (Amigas: Júlia e Caroline)


Estrelas dos 4 anos do Curso Normal, emblema e abotoaduras.



2013 - Ingresso na UERJ/FEBF no curso de Pedagogia  2013.1

Conclusão geral do grupo

     Ao realizar este trabalho, percebemos a importância da memória para a construção da personalidade e  visão de mundo de cada indivíduo. Entendemos que sem a memória, nossa sociedade caminharia desencontrada, pois não conheceria seu passado, não entenderia o presente e não projetaria perspectivas no futuro e que sem ela nossa existência nesse mundo não teria sentido. Sem a memória deixaríamos de ser aquilo que somos, que fomos e que seremos, pois a memória é o patrimônio individual que nos torna únicos e assegura nossa identidade pessoal.